Estava cá pensando com meus botões: adoro escrever (já ganhei até concurso de redação na escola, fiquem orgulhosos), e às vezes me arrisco numa prosa ou outra em meio às receitas que posto aqui. Ai veio a luz, por que não escrever algumas crônicas quando me der vontade? Afinal, o blog é a parte da minha vida onde mais posso ser eu mesma, e nenhum espaço pode ser melhor para expressar minhas idéias do que este. Até pensei em criar um segundo blog, para que os assuntos não se misturassem, mas logo declinei: tem dias que não dou conta nem de mim mesma, quanto mais de duas páginas na blogsfera para alimentar.

Não se preocupem os que gostam de receitas porque nada vai mudar. Continuarei cozinhando e postando minhas peripécias culinárias com a mesma frequência de sempre, porque esta afinal é a proposta principal deste blog. Mas de vez em quando, quando me der vontade e estiver inspirada – porque nem sempre rola viu, tem dias que Tico e Teco não querem saber de trabalhar – vou bancar a escritora de araque, me dêem licença.

Como tem muita gente que me lê diariamente mas não deixa comentários (snif snif) e silêncio significa concordância, vou entender que vocês assinam embaixo ^^

Aliás, aproveito pra dizer que li em algum lugar que não vou lembrar onde que cerca de 10% das pessoas que acompanham blogs, canais do Youtube e redes sociais deixam comentários nos conteúdos. Dez por cento. Muito pouco né gente. Vamos animar, vocês não tem idéia de como é bom pra quem está do lado de cá saber que não está falando com as paredes.

Leio esse texto maravilhoso sobre mulheres de cabelo curto sempre, acho o máximo. Assunto polêmico esse né não? Acho incrível que mesmo após a queima dos soutiens e de a gente ver muita mulher por ai sendo 10 em uma só ainda existe aquela concepção ultrapassada que temos que exibir as madeixas compridas como sinal de feminilidade.

Eu sempre amei cabelo curto, porém só de uns anos pra cá tenho “tacado a tesoura” de acordo. Sempre usei daquele jeito nem lá nem cá, o que hoje é carinhosamente chamado de long bob, e mesmo assim já ouvi comentários esdrúxulos a respeito. Como eu sou o tipo de pessoa que prefere concordar/não discutir com o outro para que ele pare de falar, só dou respostas mentais, que são mais ou menos assim:

“Homem gosta de cabelo comprido”

Resposta 1: E eu lá vim a este mundo pra agradar homem?

Resposta 2: Se homem gosta de cabelo curto, que deixe o seu crescer, todo mundo tem cabelo. Nem carecas tem justificativa, afinal as perucas estão ai pra isso.

Resposta 3: o MEU homem deve gostar de mim como sou. Quanto aos outros, tô pouco me f*

“Mulher perde a feminilidade quando corta o cabelo”

R: A feminilidade não sei se perdi, mas a paciência sim, vaza daqui.

“Cabelo cresce né?” (considere nesta frase aquele tom de ironia, como quem quer dizer que logo retomarei a sanidade e terei o cabelo comprido novamente)

R: Cabelo cresce sim. Já sua língua não, graças a Deus, porque desse tamanho já está grande o suficiente.